Às vezes ouço as pessoas a falar sobre o que fariam se estivessem a morrer. Falam dos seus desejos, do que fariam ou não, do que diriam ou deixariam por dizer, do que gostariam de experimentar, etc. E eu fico a pensar...
"Então... mas não estamos já a morrer?"
Todos os dias morremos um bocadinho. Viver É morrer. A única coisa que não sabemos é exactamente quando fecharemos os olhos e deixaremos de respirar. Só isso. E assim sendo, que sentido faz falarmos sobre o que faríamos em vez de o fazermos agora já? Para quê perder tempo a pensar, a anotar, a tentar racionalizar quando o que interessa mesmo é o aqui e agora?
O único esforço que temos de fazer é consciencializar-nos que não há nada para definir. Não há nada para controlar. O segredo está em nos entregarmos á vida com total abandono para poder desfrutar de tudo quanto o Universo nos dá. O bom e o mau. O prazer, a aprendizagem, o crescimento. E um dia, quando estivermos prestes a fechar os olhos e só restar em nós um fôlego, podemos ver mil e uma imagens a passar diante dos nossos olhos e sorrir com a certeza de que vivemos a nossa VIDA!
Ás vezes ouço as pessoas a falar sobre o que fariam se estivessem a morrer. E eu deixo-as a falar e vou à minha vida.
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